Qual o intuito de existência tão infame, ineficaz, enganosa?
Sem enganar ninguém, por ser farsante do que não existe, eu mesma destruo meus castelos.
Sou cavaleiro sem espada; padre sem igreja;
sou corpo sem alma enamorado sem amor;
mulher sem intuição.
Sou carcaça corrompida;
Sem enganar ninguém, por ser farsante do que não existe, eu mesma destruo meus castelos.
Sou cavaleiro sem espada; padre sem igreja;
sou corpo sem alma enamorado sem amor;
mulher sem intuição.
Sou carcaça corrompida;
já se foi a emoção.
Sou carne, resta-me apenas putrefação.
Vanessa Rodrigues
2 comentários:
Oi, Vanessa! Forte isso. Abrangente.
Lembrou-me de uma canção que diz, mais ou menos, assim:
Pássaro ferido sem ter ninho para pousar.Pescador sem rede, perdido em alto mar.
...
Agreguei teu blog ao meu.
...
Beijo.
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