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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Auto Condenação



Qual o intuito de existência tão infame, ineficaz, enganosa?
Sem enganar ninguém, por ser farsante do que não existe, eu mesma destruo meus castelos.
Sou cavaleiro sem espada; padre sem igreja;
sou corpo sem alma enamorado sem amor;
mulher sem intuição.
Sou carcaça corrompida;
já se foi a emoção.
Sou carne, resta-me apenas putrefação.


Vanessa Rodrigues

2 comentários:

Thiago Cavalcante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thiago Cavalcante disse...

Oi, Vanessa! Forte isso. Abrangente.

Lembrou-me de uma canção que diz, mais ou menos, assim:

Pássaro ferido sem ter ninho para pousar.Pescador sem rede, perdido em alto mar.

...

Agreguei teu blog ao meu.

...

Beijo.