Pages

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A volta

Quando iniciamos nas veredas da escrita, nos predispomos a expor nosso interior, seja ele como for. Por vezes esplêndido, oras triste, porém ai é que consiste a beleza da palavra, transformar até mesmo a mais medonha agonia em arte. A palavra, já dizia Clarice, é o meu domínio sobre o mundo. É uma forma de libertação, uma maneira de aliviar a alma fatigada que muitas vezes não sabe por quais canais se derramar.
O homem por essência é um ser confessional, tem por necessidade extravasar suas emoções. E o verbo enquanto expressão inunda pensamentos, ouvidos, diários, contos, crônicas, livros, jornais e outros tantos veículos como este blog, que destina-se  não somente a ser meu canal de comunicação com o mundo, como também ser transposição efetiva das minhas influências literárias.
E se ainda questionares o por quê de tanta escrita, venha e descubra que através das letras, aquele que um dia foi trezentos, pode ser hoje trezentos-e-cincoenta. Há no ato mágico  de escrever o poder messiânico da multiplicação, da transformação.

Nenhum comentário: